
O Observatório do Código Florestal é uma rede de 48 organizações da sociedade civil criada em 2013 com o objetivo de monitorar a implementação bem-sucedida da Lei de proteção da vegetação nativa (Lei Federal nº 12.651/2012). Tem como propósito fortalecer o papel da sociedade civil na defesa da vegetação nativa brasileira e articular com os mais diversos atores pela proteção da vegetação nativa, produção sustentável e recuperação de ambientes naturais.
Entre os dias 06 e 13 de outubro, o Observatório do Código Florestal (OCF) realizou a “Expedição Pampa”. A iniciativa busca alavancar o debate em todos os biomas brasileiros, sobre os desafios e oportunidades da implantação da Lei de Proteção da Vegetação Nativa no sul do país, como a conciliação da conservação ambiental com a agricultura e a pecuária sustentável no Pampa.
Neste período foram percorridos cerca de 1,5 mil quilômetros no bioma Pampa, promovendo encontros e rodas de conversas com lideranças de povos e comunidades tradicionais, comunidades locais, organizações sociais, especialistas, pesquisadoras e pesquisadores, órgãos ambientais do governo e Ministério Público, buscando a regionalização do debate. Também teve o objetivo de registrar depoimentos inspiradores e produzir um documentário inédito sobre quem cuida e vive o Pampa. O roteiro teve início em Porto Alegre, passando pelos municípios de Tapes, São Lourenço do Sul, Pelotas, Bagé, Dom Pedrito, Santana do Livramento, Quaraí e Caçapava do Sul.
O Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, por meio de Daniel Roberto Soares (Kilombola), Maria Leci Vieira (Kilombola) e Fernando Aristimunho (Pecuarista Familiar Tradicional do Pampa) acompanhou algumas atividades em comunidades tradicionais e contribuiu com o evento “O Pampa que queremos: os diversos olhares sobre o bioma” realizado no dia 10 de outubro no auditório da UNIPAMPA em Santana do Livramento.
Conforme Marcelo Elvira, secretário executivo do Observatório do Código Florestal, “a Expedição Pampa se torna uma iniciativa ainda mais importante no contexto de avanço da soja e da silvicultura. Nesse sentido, trabalhar junto com as populações que formam o Pampa é essencial para garantir uma produção que seja sustentável e que possibilite a implementação do Código Florestal.”
A Expedição contou com a colaboração do Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, da Associação para Grandeza e União de Palmas (AGrUPa), da Coalizão pelo Pampa, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (NEPRADE), da Rede Sul de Restauração Ecológica, da Rota dos Butiazais dentre outras organizações parceiras e apoiadoras.

Fonte/ crédito das imagens: Observatório do Código Florestal



