O “Mapeamento de Famílias Ciganas, Rotas e Redes de Acesso a Políticas Públicas“ completou a primeira etapa, com dados iniciais apresentados em um Seminário conduzido pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) no dia 28 de maio em Brasília. Participaram do evento pessoas ciganas, inclusive que atuaram nas equipes de pesquisa, como Rosecler Winter e Emerson Guimarães, além de Edson José Rocchi.
O Ministério da Igualdade Racial (MIR) realizou, nessa quarta-feira (28), o Seminário Dados do Mapeamento Inicial de Famílias Ciganas, Rotas e Redes de Acesso a Políticas Públicas, na sede I do Banco do Brasil, em Brasília.
Realizada em parceria com universidades das cinco regiões brasileiras, a pesquisa que reúne o mapeamento representa um avanço significativo na obtenção de dados para a construção de políticas públicas de assistência aos povos ciganos brasileiros.
A coordenadora-geral de Políticas para Ciganos, Edilma Souza, afirma que o mapeamento foi idealizado pelo MIR em uma tentativa de cobrir uma lacuna histórica de informações. “O seminário com os dados preliminares foi um momento de confluência entre as regiões. Esse é um projeto inovador que traz a possibilidade de governo e sociedade conhecerem a realidade dos povos ciganos. A pesquisa visa excluir com esse apagão da referência da contribuição social dos povos ciganos brasileiros e contribuir para a construção de políticas públicas”, enfatiza.
O objetivo principal da pesquisa é produzir dados que orientem o Governo Federal a construir políticas públicas que possam atender os direitos da população cigana e orientar o de Políticas para Ciganos (IBGE) para o censo 2030.
A pesquisa compilou dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CADÚnico), das pesquisas municipais/estaduais do IBGE (Munic e Estadic), dados da Secretaria Especial de Cultura e Artes Integradas (SECAI) e do Sistema único de Saúde (SUS), além de coletas de dados feitas em visitas a ranchos e acampamentos ciganos.
O evento contou com a presença do secretário de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos Ronaldo dos Santos; da diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos, Paula Balduíno; e de pesquisadores (ciganos e não-ciganos) responsáveis pelo mapeamento de cada uma das regiões.
Cada equipe apresentou os dados produzidos nessa ação sobre a presença cigana no território nacional. Os achados poderão servir de subsídio para a elaboração de políticas públicas adequadas às necessidades e especificidades dos modos de vida dos povos ciganos.
Dentre os temas pesquisados estão moradia; educação; saneamento básico, atenção a pessoa idosa; saúde; cultura e identidade; energia e internet; previdência social; trabalho e renda; e acesso a atendimento por órgãos de defesa dos direitos.
Fonte: MIR