Belém+30: direitos dos povos indígenas, populações tradicionais e biodiversidade

Belém+30: direitos dos povos indígenas, populações tradicionais e biodiversidade
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O Comitê de Povos e Comunidades Tradicionais participou da Feira Mundial da Sociobiodiversidade – promovida durante o XVI Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia, em conjunto com o XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia, entre os dias 7 e 10 de agosto em Belém do Pará. O evento foi organizado pela Universidade Federal do Pará e o Museu Paraense Emílio Goeldi, em colaboração com a Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE) e a Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE).

O primeiro Congresso Internacional de Etnobiologia, organizado pelo Museu Goeldi, foi realizado em Belém em 1988. O evento culminou na Declaração de Belém, documento pioneiro que destacou a conexão entre os povos tradicionais e a biodiversidade, reivindicando seus direitos sobre territórios, recursos naturais e conhecimentos ancestrais.

Em 2018, o tema central foi “Belém +30. Os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais e a conservação da biodiversidade três décadas após a Declaração de Belém”. O objetivo deste congresso foi de refletir sobre a Declaração de Belém e o campo da Etnobiologia ao longo dos últimos trinta anos, focando nos avanços e desafios científicos, éticos, jurídicos e políticos relacionados aos povos indígenas e populações tradicionais e o uso sustentável da biodiversidade.

Participaram do Congresso, do Simpósio e da Feira Mundial da Sociobiodiversidade, um grupo de oito mulheres artesãs, de povos e comunidades tradicionais, representando o Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa: Iracema Nascimento (Povo Indígena Kaingang), Talcira Gomes (Povo Indígena Mbyá-Guarani), Tainara M. de Marques Camargo (Pecuarista Familiar), Mariglei Dias de Lima (Kilombola), Adriana da Silva Ferreira (Kilombola), Rosecler Winter (Povo Cigano), Graciele Beiersdorff Böhlke (Povo Pomerano), Giorgia Maria da Silva Santos (Pesca Artesanal).

O bioma Pampa e sua sociobiodiversidade ganhou visibilidade na Feira, onde havia um stand para o Comitê, possibilitando diálogos, articulações e comercialização de produtos.

A avaliação feita pelas mulheres após o evento e Feira foi um misto de agradecimento, valorização daqueles dias, memórias inesquecíveis e aprendizados com outras identidades e com Povos e pessoas do mundo todo. “Me fortaleci encontrando parentes. Foi muito lindo.” Relatou Iracema.
Ao final do evento foi lida e aprovada, denunciando violações de direitos socioambientais e propondo ações.

Declaracao Belem+30_Agosto 2018

Fonte: https://www.ise2018belem.com/