POR ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIPAMPA (Emanuelle Tronco Bueno)
Para encerrar o primeiro dia do 16º Salão de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe), a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) proporcionou aos participantes do evento a exibição do documentário “Sobreviventes do Pampa”, produzido pela Atama Filmes, sob direção de Rogério Rodrigues. O evento ocorreu nesta terça-feira, 22, iniciando às 19h. A obra audiovisual premiada promove um diálogo que ecoa as vozes dos povos e comunidades tradicionais do bioma pampa. A atividade foi promovida pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) e pela Pró-reitoria de Comunidades, Ações Afirmativas, Diversidade e Inclusão (Procadi).
Após todos assistirem ao documentário, foi promovida uma roda de conversa que reuniu membros do Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa para uma noite de diálogos e trocas: representante dos Povos de Terreiros, Luli de Oxum; representante do Povo Pescador Artesanal, Roberto Bertim; e, representante do Povo Quilombola, Mariglei Dias; representante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra; e, representante da comunidade LGBTQIAP+ de São Borja, Lins Robalo. A conversa foi mediada pelo professor do Campus Dom Pedrito, José Gonzaga.
A obra cinematográfica recebeu o prêmio de melhor filme do júri popular da Mostra Competitiva do 51º Festival de Cinema de Gramado na categoria “Longas-Metragens Gaúchos”. A premiação ocorreu em 2023, na cidade de Gramado, e aborda a problematização sobre destruição silenciosa do bioma Pampa, incluindo a natureza social dessas comunidades, marcadas por identidades únicas.
Sinopse do documentário “Sobreviventes do Pampa”:
O documentário “Sobreviventes do Pampa” conta histórias dos povos e comunidades tradicionais do Pampa, apresentando a sociobiodiversidade do bioma e as ameaças à sua existência devido à sua acelerada degradação. A maioria das histórias é relatada por pessoas de comunidades tradicionais que integram o Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa e que, pelos seus usos e modos de vida, cuidam e preservam os ecossistemas que compõem o bioma.
O filme é um mosaico de 35 entrevistas, sendo 28 delas com pessoas do campo, em que se apresenta um recorte dos diferentes olhares dessas singulares identidades sociais. Entre elas: pecuaristas familiares, comunidades quilombolas, povos indígenas e agricultoras e agricultores familiares de assentamentos da reforma agrária. O documentário ainda conta com a participação de sete renomadas pesquisadoras e renomados pesquisadores com trabalhos de pesquisa relacionados à sociobiodiversidade do bioma Pampa.
O longa-metragem foi rodado no interior de 13 municípios gaúchos do bioma Pampa: Alegrete, Bagé, Barra do Ribeiro, Dom Pedrito, Eldorado do Sul, Porto Alegre, Quaraí, Santa Maria, Sant’Ana do Livramento, São Borja, São Miguel das Missões, Tapes e Uruguaiana.
Assista ao trailer no canal do Youtube da Atama Filmes.